sábado, 27 de outubro de 2007

Porque nos apaixonamos?

"Temos a tendência de nos apaixonar por pessoas que são parecidas conosco", diz a antropóloga Helen Fisher

"Por que Amamos", a obra mais recente da antropóloga americana Helen Fisher, tem texto leve e traz citações literárias que mostram o pensamento do homem frente ao amor. De maneira científica, o livro procura desvendar os mistérios que envolvem esse sentimento no cérebro

Entre outros assuntos, Helen tenta comprovar que o amor faz parte da natureza humana tanto quanto o medo ou a fome. Ele seria, na verdade, o instinto responsável por fazer nossa espécie se perpetuar no planeta. Além de desvendar as reações químicas que acontecem no organismo dos apaixonados, Helen Fisher também toca em tópicos no mínimo curiosos para quem quiser entender um pouco mais do amor. Entre eles, a evolução do 'amor romântico', o amor entre os animais e quem escolhemos quando nos apaixonamos. Sobre último tema, Helen dá apenas uma 'degustação' do que ela e seu grupo de pesquisas estão aprontando. O estudo completo virá em forma de livro e será a próxima obra da autora.

Em seu livro, você diz que o "amor romântico" foi se instalando em nosso cérebro ao longo da evolução do ser humano (a autora é evolucionista).

- Como você define o 'amor romântico' e como ele se tornou parte do homem?

Helen Fisher - Eu e meus colegas colocamos 32 pessoas loucamente apaixonadas sob análise para nossos estudos. Encontramos algumas características desse "amor romântico". A parte do cérebro que se torna ativa quando você olha uma foto da pessoa que ama fica bem no interior do órgão. Trata-se de um sistema primitivo e antigo. Acredito que temos três sistemas cerebrais diferentes: o primeiro se trata do impulso sexual; o segundo é o "amor romântico", um estágio intenso de sentimentos obsessivos associados ao parceiro; o terceiro seria a sensação de segurança que você sente quando vive com alguém por muito tempo.

Antes de colocar essas pessoas sob monitoramento cerebral, minha questão mais importante era saber quanto tempo do dia e da noite elas pensavam no ser amado. E eles disseram que é todo o tempo. Há uma constelação de características que me fizeram perceber que o 'amor romântico' não é uma emoção, são várias. Quando olhei as partes do cérebro que estão envolvidas, me ocorreu que o "amor romântico" é um motor para encontrar um amor específico.

O "amor romântico" acontece para que você concentre sua energia em uma única pessoa por vez. E o compromisso envolve você tolerar essa pessoa pelo menos até o tempo de criar um filho.

- Por que o ser humano se apaixona por uma única pessoa de cada vez?

Helen - O "amor romântico" inicia um laço muito intenso entre um homem e uma mulher. O propósito do amor romântico é a concentração em uma única pessoa. Há milhões de anos, as mulheres precisavam de um parceiro para ajuda-las, pois viviam em regiões perigosas. Tinham que carregar os filhos nos braços, não nas costas como os outros primatas. Então, como iriam se proteger? Precisavam de alguém.

- Você diz que os aspectos básicos do "amor romântico" não mudaram de anos para cá. Que aspectos seriam esses?

Helen - Eu não vejo nenhuma mudança. Podemos ver, por exemplo, os elementos desse amor expressos em poesias antigas, no mundo todo. E esses mesmos elementos continuaram na modernidade. Estamos falando de um sistema que é similar ao do medo. O objeto do seu medo pode mudar, mas o sistema cerebral que desperta essa sensação não. Da mesma maneira, nós nos apaixonamos por diferentes pessoas, mas o sentimento que temos é o mesmo.

Em seus estudos, Helen concluiu que o 'amor romântico' inicia um laço muito intenso entre um homem e uma mulher e que seu propósito é a concentração em uma única pessoa.

Nota do Virgilio: - Particularmente fico muito entusiasmado quando vejo cientistas, estudiosos não-cristãos comprovarem através de seus estudos e descobertas o que o bom Deus colocou como ideal no coração do homem. O amor romântico de um Homem e uma Mulher é exaltado de maneira magnifica nas páginas Sagradas, especialmente no livro de Cantares de Salomão. Este artigo reforça o laço afetivo, a exclusividade relacional, a fidelidade e a heterossexualidade.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O êxito da abstinência, castidade e fidelidade no combate à AIDS

Com as mudanças no comportamento sexual das últimas decadas e a massacrante campanha contra princípios tradicionais, como o sexo após o casamento, fidelidade ao parceiro conjugal e valorização da virgindade entre os jovens, o que temos percebido é que muitos problemas surgiram no bojo dessas trasformações sociosexuais. Talvez o amior problema que enfrentamos neste período, que permanece até hoje é o da AIDS. Nas últimas décadas tem assustadoramene arrazado as populações de países ricos e pobres, sendo sua maior assolação no continentes africado.

Muitas campanhas e recursos têm sido utilizados para amenizar a questão. Geralmente o que se tem visto é a popularização do uso de preservativos, como meio mais eficaz de comabete a doença. Infelizmente os resultados não confirmam os objetivos. Diferentemente de outros paises Uganda elegeu um outro viés de campanha e os resultados têm sido surpreendentes.


A agência LifeSite denunciou que a maioria das reportagens sobre AIDS na África omite sistematicamente os avanços da Uganda em conter a epidemia, por ter privilegiado em sua política sanitária a promoção da abstinência sexual, a fidelidade e a castidade.


Citando os últimos informes, a agência sustenta que a Zâmbia é o último país em sofrer uma dramática queda em sua expectativa de vida. Entre os anos 1990 e 2000, a expectativa de vida caiu de 52 para 40.5 anos, enquanto que a UNICEF diz que a AIDS é a principal causa de morte e assegura que 20 por cento da população adulta está infectada.


A África Sub-Saariana tem cerca de 30 milhões de casos de HIV positivos, e 60% são mulheres. Em Suazilândia, o governo diz que 38.6 por cento dos adultos é HIV positivo, 4 por cento mais que há um ano. Além disso, as figuras das Nações Unidas mostram que Botswana a mais alta taxa de infecção adulta do mundo com 38.8 por cento.Muitas autoridades, incluindo o Secretário de Estado norte-americano Colin Powell, louvaram e reconheceram o êxito de Uganda em reduzir a taxa de infecção local em 50 por cento desde 1992. Inclusive a CNN exibiu no ano 2000 que o país é "visto como o mais bem sucedido na luta contra a AIDS".


Entretanto, precisa LifeSite, por alguma razão "as reportagens poucas vezes mencionam que o êxito de Uganda é baseado no incentivo à abstinência, castidade e fidelidade, e não nos preservativos".


"Embora na África do Sul a doença continue crescendo e já afeta 15.6 por cento dos que têm entre 15 e 49 anos a pesar de, ou talvez por, ter aumentado significativamente o uso de preservativos. Destaca-se que a agência da ONU para a AIDS em sua página oficial na Internet www.unaids.org não menciona o avanço da Uganda".


Por tudo que cremos e defendemos esse tipo de resultado nos faz reafirmar que os princípios divinos para uma vida sexual saudável são e sempre serão a melhor opção para os seres humanos.

domingo, 7 de outubro de 2007

Sexo & Adolescência: informação e precocidade

Os adolescentes de hoje são a geração mais bem informada sobre sexo de todos os tempos. Eles têm aulas de educação sexual na escola, lêem a respeito nas revistas, vêem os reality shows da televisão e, se restar algum vestígio de dúvida, há sites na internet que respondem a qualquer questão sobre o tema. Os jovens não apenas sabem muito como não há amarras sociais nem familiares que verdadeiramente os impeçam de passar da teoria à prática no momento escolhido por eles próprios.


Nada disso, vale dizer, impede que estejam confusos e divididos sobre temas como virgindade, fidelidade, namoro e casamento. O conhecimento também não é suficiente para evitar descuidos, como sexo sem camisinha. Por ano, nasce 1 milhão de bebês de mães solteiras adolescentes no Brasil. "O início da vida sexual é um processo extremamente complexo para qualquer pessoa, de qualquer geração", diz Paulo Bloise, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo, especialista em adolescência.


A persistência das angústias em relação à vida amorosa, apesar do conhecimento e das liberdades atuais, tem uma explicação óbvia. "Sexo não é só uma questão de informação, mas também de maturidade", pondera o psicólogo Mauricio Torselli, do Instituto Kaplan, centro de estudos da sexualidade em São Paulo. Esta é a primeira geração que não conta com a orientação de um guia socialmente rígido para a sexualidade. Pais e mães estão igualmente confusos, preocupados e tão carentes de parâmetros quanto os próprios filhos. Muitos deles tentam estabelecer paralelo entre o que está acontecendo e sua própria geração. Os dois momentos são diferentes.


O desejo de romper estruturas sociais esclerosadas fez da liberdade sexual uma das bandeiras dos jovens nos anos 60 e 70. Quando chegou a vez deles, deram liberdade aos filhos, mas não incluíram no pacote um modelo de comportamento sexual. O que se observa na sexualidade da atual geração não tem nem vestígio daquela energia rebelde e transformadora. O debate agora não é mais a presença de limites e sim, eventualmente, a ausência deles.


A precocidade e a ousadia dos primeiros relacionamentos são uma característica de hoje. A idade da primeira vez das meninas é 15 anos, de acordo com pesquisa da Unesco nas principais capitais do país. A dos meninos, 14. O surpreendente é que muitos jovens que têm vida sexual ativa não começaram com um namoro firme, mas com alguém com quem "ficava" – ou seja, com um quase desconhecido.


Ficar é o nome dado a sessões de beijos e abraços mais ousados. A diferença entre essa relação e o namoro tradicional é que a primeira é descompromissada e passageira. Uma menina que fica com um colega numa festa não precisa tratá-lo como alguém especial ao vê-lo no colégio no dia seguinte. A pressão sobre os adolescentes para que iniciem a vida sexual ativa deve fazer com que os jovens se sintam num túnel de vento. Como tomar a decisão? A única resposta é: pense bem se você está preparado e se é isso mesmo o que quer. "


Um risco é o jovem, de tanto ouvir falar de sexo, ter a falsa idéia de que crescer significa ter quanto antes uma relação sexual", diz o psicólogo paulista Antonio Carlos Egypto, do Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual. Nesse assunto, os pais podem ajudar bastante. Muitos deixam de perguntar sobre a vida dos filhos quando eles chegam à adolescência. É um erro.


Os especialistas aconselham a continuar a falar sobre comportamento, expectativas e valores. Só é preciso evitar pronunciamentos solenes. Adolescentes odeiam sermões – especialmente sobre sexo.


Na contramão das pressões sociais de incentivo ao sexo prematuro, os pais cristão devem preservar sua responsabilidade de orientar e conduzir seus filhos a escolhas acertadas. O sexo ocorre com a pessoa certa e tem seu momento certo. Além disso deve ser pesado o vínculo que estabelece entre as pessoas, muito mais significativo do que ser um ritual de passagem ou aceitação na fase adulta. Como cristãos entendemos que o sexo tem seu lugar próprio: o casamento.


(discussão a partir de artigo Veja, de julho de 2003.)